“O Passado e o Presente no discurso da Sustentabilidade “
Muito ouço falar sobre sustentabilidade, meio ambiente, preservação, combate a fome a miséria aos males do mundo e da vida cotidiana... Mas será que realmente nos sensibilizamos e estamos conseguindo mudar este panorama???
Se imaginarmos que somos 6,6 bilhões de seres humanos, destruindo e consumindo tudo o que o mundo possa nos oferecer, descobrindo e buscando todo o tesouro ainda escondido nas entranhas da Terra para podermos melhorar a nossa “qualidade de vida”, se imaginarmos este triste cenário, concluímos que estamos “Matando” o nosso Planeta, e se analisarmos a história descobriremos que não é de hoje.
Desde que o homem organizou-se em comunidades, pequenas aldeias ou agrupamentos, enquanto outros ainda levavam a vida nômade, iniciamos a saga da destruição em prol do desenvolvimento humano. Descobrimos novos materiais, construímos casas, ruas, vias, para facilitar e desenvolver, estas foram palavras chave, propulsoras da ganância e motivadoras da ambição. No inicio as pequenas cidades, vilas, até mesmo as grandes cidades da era antiga sofriam com problemas que ainda hoje não solucionamos, e que na mesma escala nos preocupam, mas com um diferencial aterrorizador, estamos cada vez mais exigindo todos os frutos de uma árvore de meia de idade.
Os problemas são inúmeros e fáceis de notar, até mesmo um leigo pode arriscar-se a identificá-los: a degradação do meio ambiente de forma totalmente inapropriada, causando descontroles ambientais e catástrofes como as que infelizmente presenciamos no final do ano em alguns morros do nosso Brasil, ou catástrofes que de tempos em tempos assombram os moradores de regiões próximas a vulcões ou áreas inadequadas para o povoamento, instabilidades climáticas causando tempestades, chuvas demasiadas, secas, ressecamento de rios, poluição, aumento do efeito estufa, buracos na camada de ozônio, altos índices de radiação do sol, aumentando a possibilidade do câncer de pele etc.
Outros problemas, originam-se na aglomeração de pessoas, por mais que a sociedade local tente estruturar-se, inúmeros problemas referentes ao meio ambiente, exploração de recursos naturais, saneamento básico, concentração de renda, força de trabalho inadequada, falta de oportunidade, nos envolvem em um emaranhado de interrogações, que confundem a capacidade de entendimento da nossa própria inteligência, da interpretação correta do “fruto” que criamos.
A superpopulação e a falta de planejamento de safras, ou produção insuficiente de comida, durante toda a história da evolução humana levou ao extermínio populações inteiras, a França, no século XVI e XVII era constantemente castigada pela fome da sua população.
Muitos outros povos também sofriam de fome, doenças e guerras, problemas que insistem em persistir, não respeitando fronteiras nem etnias, muito menos classes sociais, refletem na sociedade como “fruto podre” da inteligência abundante da nossa mente brilhante.
Finalizando esta jornada histórica de desorganização gerencial da sociedade na extração/ exploração dos recursos naturais, envolvendo a criação das nossas próprias leis de convívio social. Identificamos que grandes sociedades intelectuais organizadas e de sucesso tiveram também seu declínio, como numa curva ABC, só que desta vez causada pelas carências e defeitos de caráter do maravilhoso ser humano moderno.
Tudo o que fazemos tem seu preço. Nosso planeta é um cobrador paciente e implacável, sabendo disto porque não tratá-lo com o respeito que merece o nosso principal cliente e patrão, pois é do bem estar dele que saíram todos os recursos necessários e desnecessários para a nossa complexa vida. Cheia de inovações, idéias, aventuras, e tragédias, para podermos alongar cada vez mais a jornada humana neste pequeno planeta azul, que nos acolheu e propiciou todo este “desenvolvimento”.
Não sou um pessimista, mas tenho dúvidas se o muito que poucos fazem é o suficiente para combater o pouco que muitos não fazem.
Alexandre Pietro Deliberador
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